Torcer, hoje, é mais um divisor de grupos do que a celebração de um sentimento por um determinado time. Vestir a camisa de seu time pode ser uma marca decisiva para participação em brigas de ruas. É triste, mas manifestar torcida tem sido um ato bem perigoso nos dias de jogos nas cidades-sede da Copa do Mundo.

A cada jogo nas novas arenas, tem se tornado comum a ocorrência de mortes, motivo: briga entre torcedores. Em Fortaleza, 14 de abril, dois mortos antes de jogo entre Ceará e Fortaleza; Em Natal, 21 de abril, destruição da sede do time América, após jogo contra o ABC; Em Curitiba, 21 de abril, tumulto gerado por agressões verbais foi noticiado no jogo entre Coritiba e Atlético-PR.

Sabemos que esses embates não são recentes, mas essa prerrogativa não pode ser usada como justificativa para continuidade destas práticas. Nas três cidades citadas, o policiamento foi reforçado. Será o aumento de policiais uma forma de inibir a violência ou de proliferá-la? Será o maior armamento da polícia que gerará paz?

São muitas perguntas e um único desejo: A cultura de paz, esta sim, deve ser um legado para as práticas esportivas no pré, durante e pós megaeventos. Afinal, só mudando a forma de ver e entender o futebol, que poderemos diminuir conflitos.

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