Em campo: Uma vida na bola.

A gravidez  é uma realidade presente na vida de adolescentes. Essas meninas, devido a gravidez, acabam por se distanciar do esporte, não só nesse período, mas durante toda a sua maternidade. Já imaginou a dificuldade e as precauções ao jogar futebol com um bebê?

QUER JOGAR?


ÍTENS*:

- 1 bexiga cheia para cada participante;
- 1 bola de futebol;
- 1 espaço adequado que promova segurança;

* - Os materiais listados devem estar disponíveis para cada equipe, devendo ser no minimo duas.


PROCESSO:

As equipes devem ser distribuídas com um numero igual de integrantes, prezando sempre pela separação de grupos de amigos e a integração daqueles que não tem o costume de praticar esportes. A cada participante será entregue uma bexiga, esta deve ser posta dentro da camisa, na região abdominal. Após a colocação da bexiga. O jogo inicia-se. Não importa a quantidade de gols feitos na partida. O Objetivo é proteger a bexiga e jogar nosso bom e velho futebol. A cada bexiga estourada, a equipe é onerada com -1. Após o termino da partida, ganha a equipe que estourar menos bola e, ainda assim, consiga fazer um belo jogo.

A importância do jogo se dá ao perceber o valor de cada um dos integrantes dentro da equipe e de perceber as dificuldades enfrentadas pela adolescente durante a gravidez. Trazendo a tona as discussões sobre inclusão, sexualidade, corpo e gênero.

E ai, preparado para uma partida?

Autor: Daniel Macêdo (CE)


                                                                                                                                                       
EM CAMPO

A cada segunda-feira, estaremos postando relatos e  sugestões de práticas esportivas. Prima-se pelo emprego de alternativas de  baixo  custo  e  pouco  difundidas  para,  assim,  divulgarmos  estratégias  para prática  do  esporte  seguro  e  inclusivo.  Além de ampliar as discussões  sobre  a importância e benefícios da prática esportiva.

Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima segunda!

p1

Opine! Imagina a Festa, E o perigo que ela pode significar


Comerciais televisivos costumam ter frases chave, verbos no imperativo, uma ordem , ou sugestão nem um pouco velada, uma ideia, que muitas vezes absorvemos sem nem refletir. Na véspera do dia 18 de maio, dia que é um marco nacional no combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, acho que algumas coisas merecem nossa reflexão.

Sinceramente, não acredito  que o caminho para resolver nossos problemas seja criticar tudo e todos, precisamos admitir que existem fatores positivos, e reconhecer o esforço alheio é uma exercício constante para a boa convivência em sociedade, entretanto reduzir a copa do mundo a uma grande festa se revela um erro, pois abordaria seus impactos, sejam eles positivos ou negativos, de forma simplista.

O Brasil é visto como o pais do futebol, das belas praias e belas mulheres, sem me ater a esse slogan que por si só objetifica a imagem da mulher, percebe-se facilmente o quanto ele representa um chamariz para o turismo sexual, uma das formas mais perversas de exploração. E não são vítimas dessa exploração apenas as mulheres do Brasil, mas suas crianças, meninos e meninas que ficam expostos a violência sexual, física psicológica e moral. 

A copa não será o elemento causador de tais tipos de violência,mas se não ficarmos atentos pode ser potencializador. Basta para isso fazer um estudo comparativo entre perfil do visitante que chega ao Brasil para fins de turismo sexual, e o perfil do turista que visitou a Alemanha (copa de 2010) exclusivamente para o evento, de acordo com um estudo patrocinado pela OMT divulgado em 2005 que revela que esse o  primeiro turista normalmente é homem,de classe média, entre  20 e 40 anos e viaja desacompanhado ou com outros homens. O turista da Copa do mundo, segundo o  Ministério do Turismo é em 83% do sexo masculino e 70% têm entre 25 e 44 anos. Não é necessário muita análise para perceber a confluência dos dados e o risco que podem vir a representar.

Imaginemos a festa sim, mas que a diversão das pessoas não se converta no sofrimento de nossas crianças e adolescentes, é um preço alto demais a pagar. A sua atenção e cobrança por medidas de proteção e a denuncia em casos de exploração é algo muito importante pra que após as "festas" tenhamos um legado positivo, de proteção e não de mais sofrimento.

Aline Freitas

p1

Futevôlei por acaso


‘’ Não podemos ficar sem futebol’’, nesse pensamento nas praias cariocas nasceu o que hoje é conhecido como Futevôlei, quando nos anos 60 foi proibido a sua pratica, um grupo composto por Tatá, Ralph, Luiz Fernando "Tananan", Airton, Adilton Brandão, Orlando "pingo de ouro”, Feitosa, Francês, Carlson Gracie, Zé e Chico Brandão, Betão e Ricardinho Bedram, para não perder o amado esporte, decidiu utilizar a quadra de vôlei, que nesse ano não era proibida e expressar a arte extremamente positiva e atual.

blogs.diariodonordeste.com.br



Na época essa pratica esportiva visava á diversão, não voltada para campeonatos, e que ao longo dos anos recebe muitos adeptos do esporte. Hoje em dia Essa pratica esportiva é levada muito a sério e vem com muitas regras que você vera a seguir:
- A dimensão da quadra é de 18 x 9 metros, cortada por uma rede exatamente ao meio. Além disso, deve haver uma área livre de no mínimo 3 metros além das linhas de demarcação e 8 metros acima do solo. Em competições oficiais, as delimitações da zona livre são ainda mais amplas: cinco metros além da linha lateral, oito metros além da linha de fundo e doze metros acima do solo;
- O piso da quadra deverá ser sempre de areia, preferencialmente bastante nivelada e sempre livre de objetos cortantes que podem machucar os atletas. Oficialmente, a areia do piso deve ser do tipo fina;
- A rede mede 9,5 metros de comprimento por 1 metro de largura, feita por malha quadriculada de 10x10 centímetros. Deve ser colocada a uma altura de 2,20 metros. Uma curiosidade é que se permitem propagandas afixadas na rede durante as partidas;
- A bola utilizada tem a circunferência entre 68 e 70 centímetros e deve ser cheia com pressão entre 0,56/0,63 kg/cm. E é importante que, em um mesmo jogo, todas as bolas utilizadas apresentem exatamente as mesmas características;
- As partidas de futevôlei podem ser disputadas em duplas (dois jogadores em cada lado da quadra) ou em times de cinco pessoas (do qual um deles é reserva);
- Os uniformes oficiais incluem camiseta ou camisa de malha e short ou calção, que podem ou não ser numerados – 1 e 2, para dupla, e de 1 a 5, para o grupo;
- O jogo é iniciado após o primeiro saque, que se dá em função do apito do árbitro. O saque deve ser executado por meio do toque com os pés e deve atravessar a rede por cima, chegando à área da quadra adversária. O local para o saque é chamado “zona de saque” e abrange desde a linha demarcatória de fundo até o limite da zona livre;
- As linhas de demarcação são consideradas área de jogo. Portanto, caso a jogada adversária faça com que a bola caia sobre a linha demarcatória, o ponto é válido para o adversário;
- Assim como no voleibol, a bola deve ser tocada entre uma e três vezes antes da devolução à equipe adversária. O toque pode ser realizado com qualquer parte do corpo, com exceção dos braços, antebraços e mãos;
- Geralmente, as partidas são compostas por três sets, com 15 pontos cada.




Mesmo com muitas regras e peculiaridades, você ai do outro lado, pode simular uma quadra na sua rua ou até mesmo se freqüenta diariamente praias, praticar esse esporte muito enriquecedor e saudável, além de poder criar suas próprias regras, porque no caso de uma pratica esportiva, o que é levado em consideração e o ato da pratica pela saúde, e em primeiro lugar a diversão em grupo.  

p1

COMBATE A VIOLÊNCIA E EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTO-JUVENIL TEM QUE SER AGORA!




O combate tem que começar agora! Não podemos se calar com um assunto tão grave e tão importante. Você já se perguntou, será que estou realmente seguro? Como posso denunciar uma violação? Será que não corro risco de vida se denunciar? Quem está encarregado pela minha proteção? Acabamos não se preocupando, mas não pensamos que pode existir centenas de crianças, adolescentes e jovens sofrendo violações, pode ser do tio, do pai, da mãe e de qualquer outra pessoa, se você soubesse, será que poderia ser mais eficaz a solução de um problema tão grave?
Você sabe como reconhecer quando uma criança, um adolescente ou jovem está sendo abusado ou explorado sexualmente? Devemos ficar atentos, é importante saber quais possíveis indícios de abuso, normalmente a conduta da vitima é de comportamento autodestrutivo ou agressivo, apresentar fraturas, feridas, contusões inexplicadas ou explicações improváveis para o estágio de desenvolvimento da criança, do adolescente, além de apresentar depressão, passividade, comportamento hiperativo ou demolidor, ter conduta sexualizada ou conhecimento precoce de comportamento sexual explícito, apresentar uma conduta promíscua, isolamento em relação a família, até a desordem alimentar e ao uso de drogas lícitas e ilícitas.
As vezes, as crianças tem hábitos de fazerem pequenas “mentirinhas” para conseguir o que querem, mas temos que ter cuidado, quando uma criança falar que está sofrendo violência sexual, ela não estará mentindo, pouco provável que uma criança, pelo seu discernimento não iria inventar algo tão bárbaro. Escutamos as pessoas falando de que essa criança está sendo abusada ou aquela menina está sendo explorada... mas afinal qual é a diferença entre abuso e exploração sexual? Existe uma grande diferença entre esses termos, abuso sexual é quando, por exemplo, a criança é usada de seu corpo por alguém de sua confiança, para prática sexual, normalmente esse abuso parte da própria família ou de fora, quando essa pessoa participa na rotina dessa criança; já exploração sexual é quando, por exemplo, um adolescente é usado do seu corpo para prática sexual com a intenção de lucro e troca, como para pornografia, turismo sexual, tráfico e prostituição.
Hoje, são criadas diversas políticas públicas por meio de todos os setores para a prevenção dessas violações, a exemplo de Porto Alegre, onde existe a EVESCA – Comitê Gestor no Enfrentamento à Violência e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que participa representantes das secretarias municipais e a sociedade civil, o CRAI – Centro de Referência no Atendimento Infanto-Juvenil que atende as vítimas dessas violações, mas existem diversos agentes que fazem nossa proteção, a polícia, os conselhos tutelares, os conselhos de direitos e demais agentes estratégicos para que possa garantir nossa proteção plena. Existem meios seguros para que possamos denunciar as violações e podem ser denunciadas anonimamente, como o Disque 100, a polícia pelo 190 ou até mandar uma mensagem para o e-mail: cia@sedh.gov.br, que é válido para todo Brasil.
Não podemos deixar de colaborar, imagine, isso poderia estar acontecendo com seu irmão, seu filho, com o filho de sua melhor amiga, com qualquer outra pessoa, faça o certo, denuncie! Vamos zelar pela proteção do presente e o futuro de nossa nação, usar uma criança, um adolescente para prática sexual é crime e deve ser denunciado e combatido.

Fonte: Campanha Quebrando o Silêncio; Cartilha do Plano Municipal de Enfrentamento à Violação e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes – Porto Alegre: 2012-2017.

Reportagem: Fabiele Meneguzzi – Rejupe – RS.

p1