O que Tayonara conta?



                                 

             Tayonara tem 17 anos , começou a estudar tarde por sua dificuldade de locomoção devido à paralisia cerebral . Uma dos desafios de Tayonara foi encontrar uma escola que a aceitasse como aluna pois nem escolas particulares tão pouco públicas a aceitavam ou tinham estrutura para recebe-lá .
             Conta que por medo da pouca atenção dada a esses casos , pela falta de estrutura ser ainda mais grave, do que no caso de  colégios particulares, nunca conseguiu estudar em uma escola pública  e que também tinha medo da reação dos colegas quanto a sua deficiência. .Infelizmente poucos são os colégios que se preocupam em fornecerem condições para pessoas com paralisia cerebral e ainda menos em preparar os alunos para lidarem com a diferença.

             Devido à não criação de condições de inclusão, antes de terminar o ano letivo, teve que sair da primeira escola em que estudou. As atividades não eram passadas para ela como era para todos os alunos e o tratamento era nitidamente diferenciado, o que fazia com que ela se sentisse ainda mais excluída.
             Quando criança Tayonara fazia hipismo e natação ,  tinha acesso logicamente por ser uma atividade particular paga por seus pais . Conta que caso ela chegue em um local público para pratica de esportes não terá o auxilio necessário , e por conta disso não tenta praticar esportes nos campos esportivos que se encontram perto de sua casa .
                
Tayonara que cursa o 1 ° ano do ensino médio ,  ainda não se decidiu quanto ao que ira cursar na faculdade, mas, conta que terá um longo caminho até lá. Tayonara quer assim como eu e vocês caros leitores viver em um mundo sem preconceitos, com inclusão e respeito e que,  aqueles que precisam de atenção especial, sejam assistidos de maneira digna, para que se sintam cada vez mais, parte da sociedade.

Autora:Radine Garcia (BA)
Com a colaboração de Ana Paciência

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Opine: Por uma bandeira branca

Torcer, hoje, é mais um divisor de grupos do que a celebração de um sentimento por um determinado time. Vestir a camisa de seu time pode ser uma marca decisiva para participação em brigas de ruas. É triste, mas manifestar torcida tem sido um ato bem perigoso nos dias de jogos nas cidades-sede da Copa do Mundo.

A cada jogo nas novas arenas, tem se tornado comum a ocorrência de mortes, motivo: briga entre torcedores. Em Fortaleza, 14 de abril, dois mortos antes de jogo entre Ceará e Fortaleza; Em Natal, 21 de abril, destruição da sede do time América, após jogo contra o ABC; Em Curitiba, 21 de abril, tumulto gerado por agressões verbais foi noticiado no jogo entre Coritiba e Atlético-PR.

Sabemos que esses embates não são recentes, mas essa prerrogativa não pode ser usada como justificativa para continuidade destas práticas. Nas três cidades citadas, o policiamento foi reforçado. Será o aumento de policiais uma forma de inibir a violência ou de proliferá-la? Será o maior armamento da polícia que gerará paz?

São muitas perguntas e um único desejo: A cultura de paz, esta sim, deve ser um legado para as práticas esportivas no pré, durante e pós megaeventos. Afinal, só mudando a forma de ver e entender o futebol, que poderemos diminuir conflitos.

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Conta: O Canto de Rodrigo


      No esporte assim como  na vida é preciso enfrentar  barreiras  para chegar aonde deseja,para isso e preciso  perseverança,força de vontade, dedicação e esforço.
Essa e a história  do atleta José Rodrigo (Recanto das Emas DF) ,que começou a praticar  esportes  com apenas 9 anos no  futebol e com seus  13 anos iniciou no atletismo,tanto um quanto o outro incentivado pelo técnico Manuel Evaristo , conta o técnico  que o Rodrigo teve muitas dificuldades de inicio  alem  das já ´ enfrentadas por qualquer  um que queira levar o esporte a um alto rendimento, ele  também sofreu de meningite guando pequeno e  tinha parte dos músculos enrijecidos perdeu 98% da visão  esquerda e a perda total da audição direita,a falta de patrocínio de estrutura  e do apoio da mãe  não fez com que ele desistisse  só foi motivo pra  que lutasse mais pra chegar onde queria,mostrar que ele era capaz e que iria  conseguir.
     Hoje Rodrigo  tem 18 anos  passou por muita coisa e esta realizando seus sonhos no esporte,chegou ao pódio do brasileiro e vem vencendo muitas provas desde então  continua sonhando,sempre lutando  pra melhorar  e superando  a si mesmo  cada vez mais.

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Será que o Esporte ajuda na formação de crianças e adolescentes?

A prática de esporte é essencial para a melhoria da qualidade de vida do ser humano. Na nossa sociedade, o esporte possui um valor cultural extremamente relevante.
Esta visão cultural do esporte é apresentada por Flávio M. Pereira (1988), da seguinte forma:
 "O esporte é um elemento cultural diferenciado, com grande abrangência e dependências, é componente da cultura universal que alia a saúde à alegria, que serve tanto à Educação como ao lazer. Sua prática tem tal apelo que cria um verdadeiro espírito esportivo". 
As diferentes determinantes da prática de esportes por crianças e adolescentes sobre seu comportamento social nos diferentes meios da prática de atividades esportivas podem favorecer a formação de uma pré-concepção de seu valor social.
Para os jovens, o esporte atua proporcionando momentos de aprendizagem que, quando trabalhado com cautela, causa um impacto positivo sobre a educação.
Essa prática é importante, pois, ajuda na convivência deste jovem em uma sociedade e auxilia a formação de conceitos de cidadania, nos quais muitos contribuem para solução de problemas.
Clique no link abaixo e confira o que algumas pessoas pensam sobre o Esporte na formação de crianças e adolescentes.
                                Cobertura Jovem - Esporte na formação de crianças e adolescentes.

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Bola da vez: Dois anos, muitas conquistas.

A rede formada por jovens e adolescentes está há dois anos atuando em defesa pelo esporte seguro e inclusivo. Entendemos que a prática esportiva e a inclusão constituem elementos fundamentais para a formação e desenvolvimento, assim como a segurança.

Nos dias 06 e 07 de abril de 2011, na cidade do Rio de Janeiro, estiveram reunidos mais de 200 participantes para discutir o direito ao esporte e avaliar a situação deste nas diversas localidades do país, culminando em uma carta expositiva e, naquele momento, a fundação da REJUPE.


Cada estado que integra a rede é representado por dois membros efetivos e organizações apoiadoras que, em cogestão, definem o plano de trabalho e o executam em autonomia, seguindo diretrizes da carta de legado social.

A garantia dos direitos não se consolida semente em debates, mas também pela prática. Dessa forma, atingimos um público maior de adeptos que aliam a discussão teórica com a dinâmica de funcionamento, esses, por sua vez, tornam-se multiplicadores e promovem impactos em suas comunidades, transformando o cotidiano de crianças, adolescentes e jovens que também sofrem os impactos dos megaeventos esportivos.

Acreditamos que tais ações tenham como resultado a defesa, garantia e promoção dos direitos humanos, uma vez que o esporte é um espaço de participação cidadã e um direito fundamental. Visamos que a rede se amplie e ganhe novos horizontes.em âmbito nacional, partindo da compreensão que o direito é comum à todos.


Autores: Alanna Gonçalves (RJ) e Daniel Macêdo (CE)
                                                                                                                                                       
BOLA DA VEZ

A cada sexta-feira, será postado uma matéria  jornalística.  Produzida  por  um  trio  composto  por membros  de  estados distintos, a matéria deve enfocar tópicos de uma temática geral que terá regência mensal nas produções.


Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima sexta!

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Megaeventos esportivos e ‘’Elefantes brancos‘’ da Copa.


Como todos nos sabemos, o Brasil será palco de grandes megaeventos esportivos que mobilizaram o país inteiro em função da alegria que é proporcionada pela cultura futebolística que nos retrata mundo a fora.

Até lá temos muito trabalho a se fazer, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo serão os próximos eventos (além das olimpíadas) que o Brasil terá como meta sediar com sucesso, e temos que pensar no legado social e se o investimento pesado que esteja havendo sobre os estádios realmente vai ser transformado em beneficio para a sociedade, se devemos nos preocupar com os ‘’elefantes brancos ‘’ ou deixar passar a polemica que ronda esse assunto.

Os 12 estádios a serem usados na Copa do Mundo de 2014 devem ter, após o evento, público menor que as médias internacionais, e quatro deles estão a mercê de se tornarem "elefantes brancos" - expressão popular usada para designar arenas esportivas quase sempre vazias. É o que diz levantamento feito pelo IDEE (Instituto Dinamarquês de Estudos do Esporte), que criou um índice mundial de estádios.

O IDEE afirma que a média de pontos nos estádios internacionais avaliados é de 13,4. Segundo este sistema, o estádio da Copa com a melhor perspectiva é o Itaquerão, com 13 pontos. O instituto fez esta projeção de pontos ao analisar a média anual de público como mandante do Corinthians, que em 2011 foi de quase 30 mil torcedores, os estádio que tiveram pior desempenho no estudo são o estádio de Manaus (3,2 pontos), de Natal (1,5 pontos), Brasília (0,9 pontos) e Cuiabá (0,8 pontos).
Como defesa dos projetos e estádios que poderão ficar sem uso, disse por meio de nota que "grandes empresas administradoras de arenas esportivas já manifestaram interesse nos estádios da Copa, que estão sendo construídos seguindo o conceito multiuso. Haverá centros de convenções, de cultura e de gastronomia, além de espaços com áreas comerciais e conjuntos habitacionais. Esse conceito garante que os estádios terão pleno uso".
Vamos acordar Brasil! , Não podemos ficar de braços cruzados e esperar que ocorram os mesmos desperdícios estruturais do Panamericano, temos que lutar pelo direito esporte seguro inclusivo e pelo legado social que queremos perante esses megaeventos esportivos.

Autor: Carlos Eduardo (SP)
Baseado em alguns dados de Rodrigo Durão Coelho (UOL)
                                                                                                                                                       
OPINE!

A cada quinta-feira, será postado um artigo  de  opinião  que  visa  referendar  a  visão  dos  adolescente e jovens sobre  a realidade  que  nos  rodeia.  Copa  do  Mundo,  Direitos  Humanos,  Legado  Social,
Esporte, Educação e Cidadania serão temáticas amplamente discutidas.

Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima quinta!

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Canal Aberto: Esquecido

Na penumbra das leis
humanas,
te escondes sem sentido,
um braço longo  arrebatou
teu único amor,
não te resta mais nada,
apenas prantos, medos e
pesadelos da noite.
Grita! pequeno
Grita! sem parar,
na esperança de te ouvirem.

As cicatrizes do chicote
ainda açoitam tuas lembranças,
não existe ninguém ao teu lado
para te consolar;
o frio da madrugada  corroê
teus ossos, tua alma e o
coração de ninguém;
a sujeira á qual te jogaram
é teu único lar, teu único abrigo;
Não resta mais nada,
além da falsa esperança,
de que o sol sairá um dia,
ao lado da tua triste solidão.
as lagrimas que te esforças em
não jogar,
ainda não comoveram
ninguém,
será preciso que não existas mais
para ganhar teu devido lugar?

Autor: Sebastian Roa (AM)

                                                                                                                                                       
CANAL ABERTO

Todas as terças, o espaço está aberto  para  divulgação  de  poesias,  notas  jornalísticas,  vídeos,  charges  e outras formas de expressão que não sejam as textuais.  Busca-se  abrir  espaços  e  incentivar  o  emprego  das  artes  na
divulgação do esporte e de ideias.

Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima terça!

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Em campo: Corrida de orientação

Descobrir a cidade, perceber os detalhes que não cessam e entrar em campo em uma modalidade esportiva e educativa tem sido uma estratégia difundida para sair do sedentarismo e aprender geografia. A Corrida de orientação é foi uma metodologia desenvolvida com base em lendas antigas de caça ao tesouro e consiste na  sequencia de uma jornada  e a resolução de charadas ou atividades presentes em cada ponto. 

QUER JOGAR?


ÍTENS*:

- 1 bússola;
- 1 mapa topográfico da região em que as pistas estão distribuídas;
- 1 cronometro;

* - Os materiais listados devem estar disponíveis para cada equipe, devendo ser no minimo duas.


PROCESSO:

As equipes devem ser distribuídas com um numero igual de integrantes, prezando sempre pela separação de grupos de amigos e a integração daqueles que não tem o costume de praticar esportes. A cada grupo, será entregue um mapa topográfico indicando os pontos que existem tarefas. O emprego da bussola será fundamental para leitura do mapa e localização no campo. A equipe não pode se dispersar e tem que ir junta até os diversos pontos e realizar cada tarefa. As tarefas podem ser charadas e devem estar em um espaço bastante escondido, assim, os participantes se atentarão aos quesitos minimalistas da localidade. Ao encontrar a atividade e realizá-la, aquele lugar estará indisponível para  a outra equipe.

Cada equipe tem um tempo 'x' para realizar a maior quantidade de perguntas, com a ajuda do cronometro, ela irá acompanhar o tempo e tentará chegar antes que o tempo seja estourado no ponto de partida. A cada infração de tempo, haverá uma penalização que será acordada entre ambas as partes. Só será validada a chegada da equipe com a presença de todos os integrantes.

A importância do jogo se dá ao perceber o valor de cada um dos integrantes dentro da equipe. O que pouco corre, mas tem maior conhecimento em matemática tem valores agregados e, em cooperatividade, podem alcançar exito. Sem dúvidas, os valores e lições transcendem aos quesitos curriculares.

E ai, preparado para uma partida?

Autor: Daniel Macêdo (CE)


                                                                                                                                                       
EM CAMPO

A cada segunda-feira, estaremos postando relatos e  sugestões de práticas esportivas. Prima-se pelo emprego de alternativas de  baixo  custo  e  pouco  difundidas  para,  assim,  divulgarmos  estratégias  para prática  do  esporte  seguro  e  inclusivo.  Além de ampliar as discussões  sobre  a importância e benefícios da prática esportiva.

Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima segunda!

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Que juventude é essa?

"A juventude de hoje em dia está perdida”. Quem nunca ouviu essa frase vindo de uma pessoa mais velha.talvez muitos se incomodem com isso, outras já nem ligam, imaginam que é verdade. Muitos caem no erro de achar que o problema está em nossa geração, onde os problemas do dia-a-dia não afetam de maneira alguma os jovens, a pacividade da “galera” é tanta, que nem se preocupam pelo que está em sua frente: Roubos impunes, corrupção absurda, politicagem, lideres imparciais.

Não nego, a juventude atual é um pouco paciva em relação a estes problemas, muitos estão saindo ás ruas para liderar os movimentos, mas a grande maioria ainda está deitado na sua cama, preocupados com a frase  que o namorado ou namorada curtiu no facebook. Dizer para se converter de uma hora para outra em um revolucionário não seria a solução do problema, mas estar ciente, de que a juventude é para ser disfrutada, dançar, sair, viajar, entrar na  net,  sempre e quando encontre um espaço para preocupar-se com estes tipo de problemas que afetam tanto o pais.

Em relação ao fracaso de nossa geração, aqui vai uma resposta: “ estamos vivendo um mundo de corrupção ativa, guerras, mortes sem sentido, perda dos valores, da ética, da moral, graças ás  juventudes que tanto nos criticam hoje, as juventudes das gerações passadas, os “adultos”.

Então não me venha com essa velha frase que abriu o texto, nem  dizer que sou um irresponsável, afinal a causa de todos os males do mundo, provem de bem antes dos nossos nascimentos.

A geração z é essa geração  que se preocupa com o mundo, que cria coletivos para tentar  muda-lo (mesmo que pareça uma piada aos olhos dos que nos julgam), que se preocupa com o meio ambiente, que forma redes, grupos por um bem comúm.chegamos á conclusão de estamos sendo jugados por um crime que não cometemos e sacrificados por tentar querer um mundo melhor do que esse que estão nos oferecendo. Admito, a juventude atual não é das mais organizadas, nem as mais empenhadas, mas esses poucos jovens que querem fazer a diferença, estão conseguindo.

Obs: quando me refiro ás juventudes passadas no mundo, excluo aqueles que também lutaram no passado  pela nossas vitórias atuais (democracia)Autor: Sebastian (AM)
                                                                                                                                                       
OPINE!

A cada quinta-feira, será postado um artigo  de  opinião  que  visa  referendar  a  visão  dos  adolescente e jovens sobre  a realidade  que  nos  rodeia.  Copa  do  Mundo,  Direitos  Humanos,  Legado  Social,
Esporte, Educação e Cidadania serão temáticas amplamente discutidas.

Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima quinta!

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O que Carlos conta?

O sonho, há muito, tem sido reforços  na jornada daqueles que se desafiam. A palavra 'desafio' está presente no cotidiano de Carlos, adolescente de 17 anos, estudante da rede pública e amante de práticas esportivas radicais. Carlos, em si, é um sonhador nato. Para ele, os melhores sonhos são aqueles sentidos enquanto a adrenalina do skate lhe envolve.

O tempo para a prática esportiva sempre se confunde com a vida do garoto. Ao sair da escola, no fim de semana, ao sair com os amigos tem sido exemplos de como e quando o esporte acontece. Segundo Carlos, andar de skate tem lhe ajudado em disciplinas críticas, como física, pois ele passou a vivenciar os conceitos de angulo, de gravitação e outros que se encontram postos nas páginas dos livros didáticos. Contudo, ressalta que tem aprendido para a vida: "É como perceber que nossa vida se encontra em 4 pinos, o desequilíbrio desses pinos, ou mesmo do individuo, pode ocasionar um 'queda geral no sistema'. É sentir a corda bamba, a dificuldade de se manter ativo no dia-a-dia, a cidade que não para e, mesmo assim, aprender a encontra forças para se manter estável diante desta situação".

Os skatistas que desenham o pátio ladrilhado da Praça da Gentilândia, no bairro Benfica, são embalados pelas toadas do street pop e por livros clássicos de filosofia, como as obras de Nietzche e Gramsci. Carlos não gosta de ler, afirma o estudante, mas ressalta que 'precisa entender que mundo é esse' e a leitura de teóricos que, em suma, são complexos, tem ajudado neste processo. É importante deixar claro que, o esporte, a leitura e a percepção sensível do mundo que está em nosso entorno devem ser contínua.
O adolescente cursa o 3° do Ensino Médio e pensa em ingressar na graduação em Educação Física, na UECE. Tal fato se dá por um simples motivo: Os esportes radicais, de rua, são mal interpretados e, muitas vezes, desassociados da gama de modalidades. O futuro universitário pretende que, com sua formação, possa difundir essa prática e desmistificar a ideia que se tem de quem segue a vida sobre as rodas lancinantes do skate.

O que entristece o menino, por vezes, chamado de Fitão, é ver que seu maior orgulho, seu skate, não possui uma estrutura adequada para correr. E lamenta o fato de não haver política públicas pensadas, destinadas e acessíveis a essa classe juvenil. E exalta-se ao dizer: "A verdade é que no Brasil, as coisas só acontecem para quem tem como pagar, para uma minoria, mas a 'lapada' só chega para quem ainda tem as costas largas e trabalha duramente para fazer essa máquina rodar. Eu, Fitão, estou cansado."

Autor: Daniel Macêdo (CE)

                                                                                                                                                       
CONTA!


A cada quarta-feira, será postado um perfil narrativo sobre a história de vida\situação de algum agente participante de modalidades esportivas inovadoras, empreendedoras ou de superação. O objetivo é socializar as diversas realidades encaradas na prática esportiva e como a  participação social e as diversas atitudes foram fundamentais para o processo de mudança.

Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima quarta!

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Canal Aberto: E o lugar onde você joga?

A fotografia tem sido um canal importante para difundirmos nossas ideias e a realidade a qual estamos inclusos. Além de uma denúncia social, a prática fotográfica nos permite documentar a situação dos espaços em que praticamos esporte. Embasados nesta ideia, a REJUPE lançou a campanha #ondeeujogo.

No terreno baldio, no meio da rua e em meio a situações extremas que muito se distanciam do ideal de esporte seguro e inclusivo é que temos recebido inúmeras fotografias que relatam a prática esportiva.

Na postagem desta terça-feira, evidenciaremos a comunidade São Miguel, na cidade de Caucaia - CE. Na segunda maior cidade da Região Metropolitana de Fortaleza, a comunidade é apontada como o lugar mais perigoso da região supracitada e está constantemente associada a violência, imagem que se ressalta nos jornais e periódicos. Pouco se olha e pouco se faz por esse bairro, deixando, assim, uma enorme lacuna na prática esportiva e formativa de adolescentes e jovens.

Confira as fotografias da comunidade:







Envie também as fotografias de sua comunidade através do email: rejupe@rejupe.org.br ou através de nossa fanpage no facebook: REJUPE.

Autor: Daniel Macêdo (CE)

                                                                                                                                                       
CANAL ABERTO

Todas as terças, o espaço está aberto  para  divulgação  de  poesias,  notas  jornalísticas,  vídeos,  charges  e outras formas de expressão que não sejam as textuais.  Busca-se  abrir  espaços  e  incentivar  o  emprego  das  artes  na
divulgação do esporte e de ideias.

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Em campo: Futebol de casal


O esporte seguro e inclusivo é um assunto que pode estar ligado diretamente ao nosso cotidiano, para provar isso estaremos aqui todas segundas feiras com sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas em sua escola, comunidade, entre o seu grupo de amigos para chamar atenção para essa causa.

Hoje a dica é o futebol de casal, meninos e meninas têm iguais direito e habilidade para praticar esportes, basta treino.  Entretanto, em muitas escolas, não há equidade para a prática de meninos e meninas a intervenção do futebol de casal tenta solucionar isso. Vamos as orientações básicas.

Material necessário:
1 bola
1 local para praticar futebol, seja um campo, quadra,ou um local improvisado
Grupo com o mesmo número de meninos e meninas

Desenvolvimento
O jogo funciona como uma partida de futebol comum, com duas modificações: os jogadores estarão de mão dadas o tempo todo, uma menina e um menino, mas, só as meninas poderão chutar para o gol.

O objetivo desse jogo é provar que meninos e meninas podem e DEVEM trabalhar juntos, e que a inclusão traz consigo diversão e aprendizado. Experimentem jogar o futebol de casal em sua escola e nos enviem fotos!
 Por: Aline Freitas

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Bola da Vez: Contando os dias para a Copa

Muitos estão contando o tempo para a chegada da Copa do Mundo, mas não contam com as violações dos direitos humanos.

África do Sul, 2010, milhões de torcedores compareceram em massa aos estádios. Muita alegria, descontração e “segurança”. A mídia toda de olho nas estrelas do futebol mundial, elogios às cidades, reportagens mostrando as belezas do país. Esse foi o dia-a-dia do pais que sediou um dos maiores megaeventos do mundo e, apenas, um dos tantos panoramas sociais que a copa propícia em dias de jogos.

Entre as tantas alegrias e vitórias dentro dos gramados, houveram muitas tristezas e violações fora deles, enquanto a seleções jogavam pela vitória, muitos jovens e adolescentes jogavam pela vida. Este lado do megaevento, o governo africano e as mídias mundiais não mostraram; e como “entre céu e terra não há nada escondido”, diversas violações vieram à tona ao termino do grande campeonato. Grupos de adolescentes e jovens vinculados a exploração sexual, casas de prostituição localizadas nos entornos dos estádios foram construídos, violações dos direitos humanos, entre tantas outras barbaridades que os dirigentes, tanto do governo, como da FIFA, jogaram embaixo do tapete, iludidos que estes problemas seriam esquecidos e nunca mais voltariam. De fato, não voltaram e nunca foram esquecidos, mas tidos como exemplos para os próximos países.

E NO BRASIL?



Obras atrasadas. Este é o atual panorama de nosso país em relação à Copa. A maioria das estruturas e projetos andam em desvantagens com o cronometro da FIFA, é justamente deste pequeno detalhe que vêm o GRANDE problema: A preocupação com o termino de todas as obras no prazo estipulado, está deixando de lado o cuidado que deve-se tomar com as crianças, adolescentes e jovens, tendo em conta que alguns estados que sediarão os  jogos, já tem por natureza um índice de prostituição e exploração sexual infanto-juvenil bastante elevado. 

Ainda se sente a falta de um plano de prevenção contra esses abusos por parte das esferas governamentais, principalmente municipais. As principais iniciativas tem surgido de organizações não-governamentais que, preocupadas com o descaso das autoridades públicas, realizam iniciativas que sensibilizam a sociedade civil dos avanços e perigos que o megaevento trará.

Não obstante, é necessário que o governo pare por um instante de se preocupar com prazos, e comece a rever se estão dando a devida importância à prevenção de tantos problemas que surgirão antes, durante e depois do campeonato esportivo.

A África do Sul é um grande exemplo dos problemas que um megaevento acarreta para os cidadãos mais vulneráveis. Portanto, cabe ao Brasil perceber que atrás de grandes eventos, sempre há grandes riscos, sendo a violação aos direitos humanos é um deles.

Autor: Sebastian Roa (AM)
                                                                                                                                                       
BOLA DA VEZ

A cada sexta-feira, será postado uma matéria  jornalística.  Produzida  por  um  trio  composto  por membros  de  estados distintos, a matéria deve enfocar tópicos de uma temática geral que terá regência mensal nas produções.


Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima sexta!

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Opine! Por que falar do esporte como um direito?

Crianças e adolescentes têm direitos, fato incontestável, aceito pelo senso comum, mas direito a quê? Espero que concorde comigo que essa seria uma pergunta plausível. Eu poderia até sugerir uma resposta, se me permite. Diriam que têm direito à vida, saúde, educação, à convivência familiar, talvez, no auge de meu otimismo, por último citassem: à cultura, esporte e lazer.

A verdade é que a cultura , o esporte e o lazer, sim crianças têm o DIREITO  de brincar, são tratados como "subdiretos" é como se por não serem essenciais para a sobrevivência não fossem tão importantes para a formação de crianças e adolescentes.

Outra forma de encarar esses direitos é como um meio e não um fim, declarações como: o esporte é bom pra tirar adolescentes das drogas, ou para fazê-los progredir na escola, apesar de parecerem inocentes, trazem consigo todo um arcabouço de utilitarismo e mecanicismo, nada é um fim em si , esporte pelo esporte seria,assim, perda de tempo.

Mas, a legislação brasileira afirma o contrário, o estatuto da criança e do adolescente deixa o direito ao esporte explícito, bem como a lei Pelé, marco legal do esporte, que o divide em três tipos: esporte de rendimento, de participação e educacional. A constituição brasileira também aborda o direito ao esporte e afirma ser prioridade do estado o investimento em esporte educacional e de participação (será mesmo?).

E qual seria o nosso papel nesse panorama, falo de nós jovens, adolescentes e adultos? Cidadãos "normais" que veem tanto ser investido em esporte de rendimento, diga-se de passagem. Acho que um bom começo seria começar a discutir o assunto, que tal falar com os nossos amigos sobre algo que vá além dos gols da rodada, vamos falar sobre a qualidade dos locais destinados à prática esportiva em nossa cidade / escola, sobre a infraestrutura dos estádios construídos com o dinheiro dos NOSSOS impostos ( alôcastelão). 

Poderiam me dizer que discutir o assunto não o resolveria, mas a verdade é que este é apenas o primeiro passo, falar sobre algo vai trazer o assunto à tona, vai nos fazer refletir, cobrar de nossos governantes, estimular boas ideias, possibilitar soluções.

A Rejupe chama todos a isso, falar exercer a sua cidadania na voz, fazer da copa das confederações, da copa do mundo, das olimpíadas e das paraolimpíadas mais do que eventos de grandes marcas, de oportunidades turísticas ou econômicas, mas também de oportunidades sociais, é aí que está o legado mais importante o legado do esporte seguro e inclusivo para tod@s, o legado da articulaçãode redes de proteção, o legado do esporte como um direito, o legado do "falar sobre o assunto".

Respondendo a pergunta capital de hoje: por que falar do esporte como um direito? Porque é isso que ele é!

Autor: Aline Freitas (PE)
                                                                                                                                                       
OPINE!

A cada quinta-feira, será postado um artigo  de  opinião  que  visa  referendar  a  visão  dos  adolescente e jovens sobre  a realidade  que  nos  rodeia.  Copa  do  Mundo,  Direitos  Humanos,  Legado  Social,
Esporte, Educação e Cidadania serão temáticas amplamente discutidas.

Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima quinta!

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O que Mateus conta?

Muitos direitos  humanos são negados e violados. Seja na agitação dos grandes centros urbanos ou na falta de acesso das pequenas cidades, a história de Mateus está presente. 7 anos, filho de mãe solteira e que, a cada um de seus outros nove filhos, uma narrativa de um pai ausente. A criança  vive em um barraco na comunidade Santa Fé, na região limítrofe de Fortaleza.

Apesar de estar situada em uma das maiores metrópoles do país, a localidade muito se aparenta a realidade vivenciada nas menores cidades do Semiárido. Ruas sem calçamento, sem saneamento básico, falta de acesso a água e a energia e, expressivamente, falta escola. O menino de origens humildes e etnia negra, apesar das poucas oportunidades, gosta do lugar em que vive. Segundo ele, lá tem espaço para brincar, para correr sobre o chão de pedra e, depois, dormir cansado de ter se divertido muito.



O espaço não apresenta as condições mínimas de garantia do esporte seguro e inclusivo. O menino que sonha em ser jogador de futebol, relata que, quando for um bom jogador, vai construir um campo de futebol na comunidade e justifica alegando que, assim como ele, muitos outros meninos e meninas sonham com um espaço seguro e inclusivo, mas que o dia-a-dia deles é bem distante dessa realidade.


Mateus (ao centro) e seus amigos


Incluso nas taxas de evasão escolar, o menino que ainda não aprendeu a ler e a escrever não tem acesso ao ensino fundamental. Segundo ele, a escola é muito longe de sua casa, o caminho é perigoso e, quando chove, o acesso se torna impossível, sendo esses os motivos para deixar de estudar. Porém, há brilho nos olhos quando o sonhador diz: 'Eu queria estudar, mas vou garantir que meus filhos irão".

A criança não se sente bem ao pensar na possibilidade de sair de sua 'área de conforto' para buscar espaço na área esportiva. Ele quer crescer ali, com seus iguais. Porém, mesmo com a pouca idade e com o fácil acesso a rua e as brincadeiras, Mateus reconhece que aquele lugar não lhe proporciona um ambiente adequado para se viver e que, como ser humano, ele não tem seus direitos garantidos.



Ao saber que nas escolas existe aula de Educação Física, Mateus abriu um grande sorriso e exclamou: Eu queria poder jogar em uma escola. "Eu não estudo. Eu preciso estudar para ser um bom jogador. Vi outra vez na televisão da vizinha que TODOS TEM DIREITO A EDUCAÇÃO. Porque eu não posso?" Indaga com lágrimas nos olhos, o pequeno.



Personagem real, que caminha nas ruas de nossas cidades, Mateus é apenas um relato de uma realidade que assola o Brasil: Um texto bonito assinado e firmado em leis e que não se consolidam no dia-a-dia dos brasileiros. Educação, esporte, cultura, lazer, moradia... Direito a vida. Onde estão?

Autor: Daniel Macêdo (CE)

                                                                                                                                                       
CONTA!

A cada quarta-feira, será postado um perfil narrativo sobre a história de vida\situação de algum agente participante de modalidades esportivas inovadoras, empreendedoras ou de superação. O objetivo é socializar as diversas realidades encaradas na prática esportiva e como a  participação social e as diversas atitudes foram fundamentais para o processo de mudança.

Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima quarta!

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Em campo, em rede!

Hoje é dia de estarmos em campo!

A forma mais justa de garantir um direito, é exercendo-o. O esporte, com as características de inclusão e de segurança, é um cenário que foge a realidade em que crianças, adolescentes e jovens estão emersos. Assim, estratégias e dicas para transformarmos essa realidade são sempre bem vindas!

Os poucos espaços  que, na maioria das vezes, são inadequados, podem se transformar a partir da criatividade. Em áreas litorâneas, uma prática tem sido bastante difundida para o desenvolvimento do futebol de praia. Na Praia da Sabiaguaba, em Fortaleza, o cascos de coco são rapidamente transformados em traves  e o jogo se inicia. Devido a abundancia de coqueiros, a prática de se utilizar os cocos como  mecanismo alternativo para prática esportiva tem sido uma saída, sendo bastante comum avistar vários exemplos. 

Foto: Utilização de cocos como traves na Praia da Sabiaguaba

Já em regiões serranas, como em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, as escolas abrem suas portas para que a comunidade possa ter acesso as diversas modalidades. Uma vez que as unidades educacionais oferecem seu espaço, o esporte se consolida com melhor estrutura e atinge melhores resultados, no que tange ao lazer e ao bem estar de seus usuários, contudo, com baixa adesão.

O esporte, como um direito que é, não pode se contentar com a inexistência de espaços adequados, contudo, não podemos ficar privados do lazer e da prática esportiva. Seja, portanto, essa postagem uma denúncia e uma sugestão de como e onde praticar seu esporte.

                                                                                                                                                       
EM CAMPO

A cada segunda-feira, estaremos postando relatos e  sugestões de práticas esportivas. Prima-se pelo emprego de alternativas de  baixo  custo  e  pouco  difundidas  para,  assim,  divulgarmos  estratégias  para prática  do  esporte  seguro  e  inclusivo.  Além de ampliar as discussões  sobre  a importância e benefícios da prática esportiva.

Fique por dentro e confira o que vem por ai na próxima segunda!

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